Conflitos internos mostram dificuldades nos momentos posteriores a aquisições e associações enfrentadas por empresas de todos os setores
Amigos da Universidade de Stanford, Kevin Systrom e o brasileiro Mike Krieger criaram o Instagram em 2010. Dois anos depois aceitaram proposta do Facebook e venderam a rede social de fotos por US$ 1 bilhão a Mark Zuckerberg, com que continuaram a trabalhar conjuntamente. Nesta semana, porém, a dupla decidiu se demitir do Facebook.
Oficialmente, a decisão foi comunicada em tom tranquilo. “Planejamos tirar algum tempo livre para explorar nossa curiosidade e nossa criatividade”, escreveu Systrom. “Estamos animados para ver o futuro do Instagram e do Facebook, conforme nos transformamos de líderes a apenas mais dois usuários.” Na mesma linha, Zuckerberg publicou comunicado agradecendo cordialmente à dupla. “Kevin e Mike são líderes de produto extraordinários e o Instagram reflete seus talentos criativos combinados. Aprendi muito trabalhando com eles nos últimos seis anos e realmente aproveitei isso. Desejo a eles o melhor e aguardo ansioso para ver o que criarão agora”, declarou o presidente-executivo do Facebook.
No entanto, o Wall Street Journal apurou que os fundadores do Instagram entraram em conflito durante os últimos meses com os executivos do Facebook, entre eles Zuckerberg. O motivo principal era autonomia na gestão do aplicativo, uma vez que se tornaram constantes as pressões pela ampliação rápida do número de usuários.
Informações do setor de tecnologia dão conta, ainda, que a inclusão do Stories e as mudanças nas caixas de comentários do Instagram, ações que teriam sido impostas por Zuckerberg, desagradaram os fundadores do aplicativo. Seja no varejo alimentar ou no mundo da tecnologia, fusões, aquisições e associações de empresas nunca são processos simples.
Fonte: Estadão
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