São infindáveis as possibilidades geradas pela incorporação de RV (Realidade Virtual) e RA (Realidade Aumentada) ao ambiente de consumo e varejo, criando novas e instigantes perspectivas para o futuro desses setores.
A perspectiva de reunir as alternativas 3D, cada vez mais disseminadas e em processo de popularização, com sensações físicas – como vento, calor, frio e odores –, abre novos caminhos que podem permitir que os consumidores vivienciem situações onde o processo de escolha, compra e pagamento de produtos e serviços se torne muito mais interessante, inovador e envolvente.
Imagine que você poderá conhecer e escolher um jet ski, pilotando virtualmente o mesmo em um dia ensolarado numa baía de águas azuis, ouvindo o barulho do motor navegando, sentindo o cheiro do mar e o vento em seu rosto. E talvez até possa sentir alguns respingos de água em seus braços!
E poderá concluir a experiência virtual definindo a compra, a forma de pagamento, o prazo e o local de entrega, tudo isso no espaço de um quiosque de 2 m2, no meio do corredor de um shopping.
Quão distante estamos dessa possibilidade? Quão decisiva será essa experiência na decisão de compra?
Objetivamente, estamos muito próximos dessas possibilidades e, se o prazer da experiência está assegurado, resta avaliar sua eficiência como novo canal de vendas e relacionamento para se abrir um novo universo de alternativas no varejo e no consumo.
Muito disso já está disponível hoje de forma não integrada e o próximo passo será criar esse novo formato de operação e implantá-lo de forma precursora para medir sua eficiência em termos de vendas, resultados e retorno de investimento, para então definir sua expansão.
Se, num primeiro momento, suas perspectivas são amplas para aplicação em lojas e centros comerciais diversos, existe um largo espectro de oportunidades para uso domiciliar futuro, à medida que cresça a velocidade de acesso às bandas de comunicação mais rápidas e mais acessíveis em termos de custos, além da popularização dos equipamentos para seu uso.
Mas o que precisa ser considerado é que estamos nos aproximando rapidamente de uma nova geração de formatos, que batizamos anteriormente de PDXs, ou seja, a evolução dos antigos PDVs, ou Pontos de Vendas.
Esses novos formatos incorporam mais elementos e possibilidades como ponto de relacionamento, ponto de experiência, ponto de mídia, ponto de educação e informação, para surpreender e cativar um omniconsumidor que está mais conectado e ansioso por inovações em suas demandas de compras de produtos e serviços.
É só uma questão de tempo.
E de pouco tempo.
Por: Marcos Gouvêa de Souza
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